curioso como os próprios americanos têm ótimos críticos deles mesmos. uma pena que eles mesmos não ouvem. o vídeo, para quem não sabe, é um trecho do controvertido farenheit 9/11, de michael moore.
curioso como os próprios americanos têm ótimos críticos deles mesmos. uma pena que eles mesmos não ouvem. o vídeo, para quem não sabe, é um trecho do controvertido farenheit 9/11, de michael moore.
dia desses, eu e patrícia fomos assistir a dois filmes brasileiros no cinema. do primeiro eu já me esqueci o nome. o outro se chama “o cheiro do ralo”. sobre o primeiro, não há muito o que dizer, a não ser que está em cartaz no usina neste momento, dividindo (infelizmente) a sala com “o cheiro”. aliás, tem mais uma coisa. me irrita muito uma linha de filmes que sai no brasil já há muito tempo: são filmes bobos, moralistas, que trazem discussões como “onde vai parar esta juventude”, filmes onde se nota claramente que o diretor “queria” dizer algo, filmes com uma fotografia péssima, sem intenção no desenho da imagem. filmes ingênuos, enfim.
já o cheiro do ralo não. é um filme cruel e engraçado como deve ser. as cenas são simples, o “cenário” sem grandes invencionices e mesmo assim, maravilhoso. ouvi dizer que a galera que fez o filme teve que ralar pra fazê-lo, porque faltou grana, porque faltou de tudo. isso me impressiona, mesmo.
no dia que fomos assistir, a sala estava lotada. todo mundo anda falando deste filme. mas agora, já passadas duas semanas que esteve em cartaz (na primeira semana na sala 2, segunda maior do cinema; na segunda semana na sala 3, uma das pequenininhas) o filme já divide um ambiente com uma bijuteria qualquer, de lata, sem vida, prestes a morrer antes que qualquer comercial de tv. uma pena.
“o cheiro do ralo” é um dos melhores filmes que vi nos últimos tempos. e olha que tenho visto muitos e de tudo quanto é lugar. quem puder, não deixe de ir. ainda tem tempo.
a mostra mundial de cinema acontece nos cines usina, savassi e humberto mauro. entrada franca.
a gente se encontra por lá.
para a programação completa: www.zetafilmes.com.br/indie
está em cartaz no palácio das artes a video-instalação sertão: casa da imagem. a exposição é parte do resultado de um trabalho de fôlego, feito com paixão e profundidade raras por aqui, no país da batucada. a outra parte do trabalho é o documentário sertão mineiro, que está a venda em dvd. ambos foram dirigidos por álvaro andrade garcia que nos brinda com um transbordante acervo de filmes, entrevistas, imagens e informações a respeito de tudo aquilo que chamamos sertão. não é um mero retrato ufano e ultra/passado do sertão. o sertão todo mundo sabe, é aqui (www.sertoes.art.br) e agora. mesmo em belorizontem. vá ver.