o cheiro do ralo

dia desses, eu e patrícia fomos assistir a dois filmes brasileiros no cinema. do primeiro eu já me esqueci o nome. o outro se chama “o cheiro do ralo”. sobre o primeiro, não há muito o que dizer, a não ser que está em cartaz no usina neste momento, dividindo (infelizmente) a sala com “o cheiro”. aliás, tem mais uma coisa. me irrita muito uma linha de filmes que sai no brasil já há muito tempo: são filmes bobos, moralistas, que trazem discussões como “onde vai parar esta juventude”, filmes onde se nota claramente que o diretor “queria” dizer algo, filmes com uma fotografia péssima, sem intenção no desenho da imagem. filmes ingênuos, enfim.

já o cheiro do ralo não. é um filme cruel e engraçado como deve ser. as cenas são simples, o “cenário” sem grandes invencionices e mesmo assim, maravilhoso. ouvi dizer que a galera que fez o filme teve que ralar pra fazê-lo, porque faltou grana, porque faltou de tudo. isso me impressiona, mesmo.

no dia que fomos assistir, a sala estava lotada. todo mundo anda falando deste filme. mas agora, já passadas duas semanas que esteve em cartaz (na primeira semana na sala 2, segunda maior do cinema; na segunda semana na sala 3, uma das pequenininhas) o filme já divide um ambiente com uma bijuteria qualquer, de lata, sem vida, prestes a morrer antes que qualquer comercial de tv. uma pena.

“o cheiro do ralo” é um dos melhores filmes que vi nos últimos tempos. e olha que tenho visto muitos e de tudo quanto é lugar. quem puder, não deixe de ir. ainda tem tempo.

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