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Ocupação Paulo Leminski

dioniso ares afrodite

Em São Paulo está acontecendo desde o dia 1º de outubro a Ocupação Paulo Leminski. Com a curadoria de Ademir Assunção, a exposição parece estar bem ampla, trazendo cadernos, rabiscos, vídeos, músicas, frases, muita poesia do “cachorro louco” de Curitiba, além de uma programação especial com espetáculos cênicos . Pelas fotos que vi lá no blogue do Ademir, parece que está muito bonito e eu gostaria muito de estar em Sampa nesses dias para poder ver de perto.

A exposição acontece no Itaú Cultural, ali na Avenida Paulista e vai até o dia 08 de novembro. Para ter uma palhinha, você pode ir ao site: www.itaucultural.org.br/ocupacao e ouvir alguns testemunhos (indicado ver em computadores potentes).

Ricardo Aleixo no Cine Sesi Pajuçara

Nem uma única linha só minha - performance intermídia de Ricardo Aleixo

E para quem estiver em Maceió no próximo sábado, dia 19, vá ao Cine Sesi de Pajuçara que tem poesia da melhor pra se ouvir. É a performance Nem uma única linha só minha do Ricardo Aleixo. Essa não dá pra perder. Eu mesmo, que tenho o privilégio de viver na mesma cidade que o Ric, gostaria de estar lá para ver.

Autofagia + Ruah! + Pigmentos Sonoros +

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Pigmentos Sonoros – Uma homenagem a John Cage

Benjamin Abras e Leo Gonçalves lançam o Coletivo Ruah! na performance Pigmentos Sonoros no próximo dia 10 de setembro, a partir das 20h no lançamento da Revista de Autofagia 2 e 3, no Auditório da Escola Guignard.

Apresentação poético-musical baseada em pesquisas ritualísticas, explorando ritmos e sons vocálicos. Para a performance, o coletivo ruah! aproveita estruturas sonoras primitivas onde a desconstrução leva à re-significação das palavras (ou não-palavras).

A proposição “Pigmentos sonoros” surgiu do intuito de homenagear o compositor-poeta John Cage, que no último dia 05 de setembro completaria 97 anos e da intensa interlocução interartística estabelecida em 2009 entre os dois poetas que compõem o coletivo ruah!

Salpicar os sons, desmantelando palavras do sentido roto, ampliando sua corpografia através do canto onde, tom sobre tom, imprimem no corpo o matiz de uma vontade pela vibração das palavras. A palavra retomando corpo, retomando som como paramento de um instante, onde o jogo “vocográfico” desenha possibilidades poéticas entre os falantes, os ouvintes e os dançantes. Sugerindo uma pequena parafernalização dos sentidos [salve Julius], a fim de despertar a ação da palavra enquanto produtora de corporalidades sutis. A performance Pigmentos Sonoros é um experimento do coletivo RUAH!, feita com registros de som e silêncio dentro da poesia sonora, ritualizando a desconstrução da realidade cartesiana e produzindo uma experiência da voz enquanto escrita corporal.

O coletivo ruah! é formado por Leo Gonçalves e Benjamin Abras. Tem como objetivo a investigação, a experimentação e a execução de trabalhos pluriartísticos em plena interação com as tradições mestiças que habitam o planeta.

Lançamento da Revista de Autofagia

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No dia 10 de setembro serão lançados os números 2 e 3 da Revista de Autofagia. O esperadíssimo evento (eu pelo menos, que colaborei no número 3 com traduções de Allen Ginsberg, esperava ansiosamente) acontecerá no auditório da Escola Guignard a partir das 20h. Na programação: debates, leitura de poesia e performances, exibição de vídeos e artes plásticas.

Eu estarei lá, com (entre outras coisas) o lançamento mundial da performance Pigmentos Sonoros, o primeiro resultado da investigação poético-antropológico-musical que venho realizando em parceria com Benjamin Abras.

Aguardem mais novidades pela semana afora.

Céu inteiro – Ricardo Aleixo

ceu-inteiro: ricardo aleixo

Céu inteiro é o livro de constelações lançado por Ricardo Aleixo em novembro do ano passado. Terceira publicação da coleção Elixir, edição primorosa lançada com os auspícios de Flávio Vingoli e impressa na gráfica do Matias. Céu inteiro já é, com certeza, uma raridade e eu tenho a sorte de ter nas minhas mãos o meu exemplar autografado.

Ricardo avisa na introdução: “Este pequeno conjunto de lipogramas que compus ao longo de 2007 foi desentranhado de um projeto mais amplo, intitulado Modelos Vivos“. Diz também que este será lançado em breve. Não conheço ainda os Modelos. Tampouco sei o que são lipogramas. Sei que Céu Inteiro é um livro de constelações. E constelações para quê servem? Ora, para ver os signos.

Constelações tipográficas nos remetem imediatamente a Stéphane Mallarmé, que, às vésperas da era do offset (finais do século XIX), se esforçava para não “presumir o futuro” que daquelas esletras sairia. Um lance de dados jamais aboliria o acaso. Hoje, em plena era digital, época em que poucos tipógrafos se dão o trabalho de compor um livro, publicar algo nesses moldes é um desafio. No futuro de Mallarmé, a visualidade é um ruidoso mundo que já não depende de tintas.

Mas o Ric não cai no concretismo fácil, como é ampla tendência, de mestre a aprendiz, na poesia brasileira. Esse Céu é diversão garantida para leitores aficionados por nuances sígnicas, apelos de todo tipo à senso/rialidade do ouvido livre. Um céu inteiro em a – e – i – o – u. Festas: frestas. Onde a orelha fala e a boca escuta (como queria Valéry). Onde cada mínimo sinal ou signo minimal te acena com jorros de plurissignância. Vale a pena seguir a sugestão de “estraçalhar o tempo” para desfrutar.

marcelo companheiro

outro dia, andando pelas ruas da cidade, me encontrei com um velho amigo: marcelo companheiro. o fato merece ser comentado aqui pelo grau de raridade que é encontrá-lo, seja onde for (na internet, inclusive). tivemos uma conversa surpreendente e promissora. trata-se de um sujeito diferente e voltarei a falar mais sobre ele muito em breve. enquanto isso, vou adoçando a boca de vocês com um poema dele, de 1996.

Mais uma e a conta

Mas é tanto Gospel,
tanta coca-cola
tanto papo furado.

Mas é tanto salto alto,
tanta preguiça,
tanto cabelo cortado

Que eu resolvi ficar
sentado
e pedir outra cerveja.

(tem mais um poema do Marcelo Companheiro  no lâmpada. vá ver:
www.friccoes.redezero.org/marcelo-companheiro)

autofagia na área

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já está na área o novo número da revista de autofagia. na foto, um encontro especial na casa do bruno para celebrar o esperadíssimo número. da esquerda para a direita: sérgio fantini, marcelo terça-nada!, a revista, eu e o bruno brum. ao fundo: uma linda lagoa em meio às montanhas de minas gerais.

leia mais notícias nos blogues do bruno brum e do makely.

wtc babel s. a.: como adquirir

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lancei o poema WTC BABEL S. A. no dia 19 de janeiro de 2009, com uma tiragem de apenas 100 exemplares. o projeto inicial era o de que o livro fosse apenas um dos suportes possíveis do poema. também pensei em fazê-lo como gravação em áudio, montá-lo num filme-colagem e, principalmente (o formato que me parece melhor), tudo isso ao mesmo tempo numa performance.

o evento inicial foi um acontecimento muito bom, revelador mesmo pra mim. o trabalho lançado em pleno mês de janeiro, com advertências de que as pessoas interessadas estariam de férias, na véspera de um acontecimento importante no cenário da política mundial (a posse de barack obama e o fim da era bush, que não deixa de ser, de certa forma, a era inaugurada lá na bomba atômica), tudo isso não atrapalhou o sucesso do evento, que contou com a minha performance e a exposição de uma parafernália inventada pela jéssica gonçalves.

desde então muita gente tem me procurado querendo saber como adquirir um exemplar. a notícia que tenho para dar é a de que não pretendo disponibilizá-lo tão cedo na internet. e que os interessados poderão ter o orgulho de fazer um módico investimento nas letras nacionais.

quem quiser adquirir o seu exemplar, poderá me escrever uma mensagem e eu responderei dando as coordenadas. o livro custa r$12,00. com mais a tarifa do correio, deve ficar em média uns r$13,50 pelo brasil afora.

o que se cala é grande

benjamin abras lança seu cd "o que se cala é grande" no dia 19 de março de 2009, às 20:30h no teatro alterosa.

benjamin abras não tem preconceito de linguagens, quando está fazendo arte. costuma me dizer que a poesia é a medula, a coluna vertebral de tudo o que faz. o suporte é o corpo, essa máquina multi-uso. dança, canta, pinta, fala, ginga, batuca, vira ferramenta de inquice, modela, abre caminhos. quem não conhece o trabalho dele, não sabe o que está perdendo. e nem há a desculpa de que é inacessível, porque ele disponibiliza o que faz lá no www.benjaminabras.com com a generosidade de um oxalá.

agora, quem quiser conhecer o trabalho dele ao vivo e a cores, tem que estar em belo horizonte no próximo dia 19, quinta-feira, no teatro alterosa às 20:30h. benjamin abras lança o seu primeiro disco o que se cala é grande. já vou logo avisando que o disco está belíssimo. já vou logo avisando que não sai da minha radiola há mais de uma semana. as músicas todas compostas e cantadas pelo próprio. isso sem falar nas participações luxuosíssimas de fabiana cozza, maurício tizumba e sérgio pererê. a gente se encontra lá.

quem quiser mais informações: (31) 3237 6611
www.benjaminabras.com