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o poro no bloomsday

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1. Bloomsday é o dia em que leitores do mundo inteiro comemoram a passagem de James Joyce pelo planeta. Seu livro Ulysses é uma epopéia que se passa nas 24 horas do 16 de junho 1904 na vida de Leopold Bloom. Na Irlanda o dia é inclusive feriado. Quem procurar no google vai encontrar Bloomsdays por todo o planeta. Em Belo Horizonte, desde 1990, a tradição de se comemorar este dia está sob os cuidados do Grupo Oficcina Multimedia. E eles sempre inventam algo divertido, irreverente.

2. Este ano, uma parte das comemorações foi na Praça 7, com banca de cartas de amor e a intervenção do Poro. Acima, deixo com vocês algumas das fotos da proposição que encheu o céu da cidade cinza de cores e asas. Espero escrever algo mais em breve.

marcelo companheiro

outro dia, andando pelas ruas da cidade, me encontrei com um velho amigo: marcelo companheiro. o fato merece ser comentado aqui pelo grau de raridade que é encontrá-lo, seja onde for (na internet, inclusive). tivemos uma conversa surpreendente e promissora. trata-se de um sujeito diferente e voltarei a falar mais sobre ele muito em breve. enquanto isso, vou adoçando a boca de vocês com um poema dele, de 1996.

Mais uma e a conta

Mas é tanto Gospel,
tanta coca-cola
tanto papo furado.

Mas é tanto salto alto,
tanta preguiça,
tanto cabelo cortado

Que eu resolvi ficar
sentado
e pedir outra cerveja.

(tem mais um poema do Marcelo Companheiro  no lâmpada. vá ver:
www.friccoes.redezero.org/marcelo-companheiro)

pliegues y despliegues

pliegues/despliegues

pliegues despliegues é uma invenção de gabriela carrión e alicia, la oruga. a idéia é tão simples quanto genial e deveria ser imitada, copiada, citada.

veja a receita:
pegue uma folha de papel a4, imprima de um lado o(s) poema(s) que gostaria de difundir. o outro lado servirá de capa com todas as coordenadas para que o projeto se multiplique. agora convide mais 9 amigos para participar. todos farão o mesmo. depois, cada um imprime e xeroca uma certa quantidade para distribuir. ao final, teremos 10 pliegues, um para cada quinzena. imagine agora que cada amigo está em uma cidade ou um lugar diferente.

pronto, agora você tem o quadro quase completo da diversão. falta agora apenas um detalhe: mergulhar na brincadeira. descobrir como cada autor é lido, comentado, recebido. participar do poema, pendurá-lo, pregá-lo, dobrá-lo, render-se a ele.

este projeto teve sua primeira rodada no segundo semestre de 2008. a segunda começa hoje. e eu tive a honra de ser um dos convidados. outra pessoa também convidada foi a minha amiga letícia féres, que é de belo horizonte mas que provavelmente distribuirá os seus no rio de janeiro. participam nesta “ronda”:

– ARGENTINA –

Martín Maigua (Córdoba)
http://tantomundo.blogspot.com

Nicolas Gilio (Buenos Aires)
http://lapepadelalma.blogspot.com

– BRASIL –

Leo Gonçalves (Belo Horizonte)
https://salamalandro.redezero.org

– Letícia Féres (Belo Horizonte)
http://atrasdosolhos.wordpress.com

– ESPAÑA –

Diley (Toledo)
http://www.dileyenlaescotilla.blogspot.com

Jorge García Colmenar (Valencia)
http://www.tierraonirica.blogspot.com/

Olalla Hernández (Gijón)
http://linternaroja.blogspot.com

– VENEZUELA –

Andi Arias (Maracay)
http://agpacman.blogspot.com

Eleonora Requena (Caracas)
http://nocturna-mas-no-funesta.blogspot.com

Judith Mora (Valencia)
http://www.mundosecreto-jud.blogspot.com

escola autônoma de feriado

escola autônoma de feriado

até quando podemos pensar que nem tudo que almejamos em termos de ação viva está inteiramente condicionado pelas relações mediadas por dinheiro ou pelas coibições típicas dos aparelhos coercivos?

a escola autônoma de feriado é uma espécie de recriação, um passo a mais no já revolucionário “carnaval revolução”. a proposta é a de abrir a cabeça para reinventar um dos feriados mais tradicionais do brasil. a idéia de se pensar “outras formas de”, já dentro do fazer de uma “outra forma de se fazer carnaval”.

na edição 2009, a programação está repleta de vida. serão ao todo 10 oficinas, show com 6 bandas e 4 djs, bazar livre, mostra de culinária e anti-culinária repleta de receitas veganas, intercâmbio de softwares livres e por aí vai.

quanto a mim, este salamalandro que vos fala, apresentarei o diálogo-proposição “a lente objetiva do poema”.

para saber mais, é lá no www.azucrina.org/eaf