de madrugada em pleno esplendor
quem senão eu como cachaças destruindo suas vítimas amadas
para dar luz à indecisa claridade de suas mesas
quem senão eu com papeizinhos luxuosas descrições feitas para calar
ou a palavra mesa as mentiras
os metros de mentiras para vestir os cotovelos do embriagado
os alfaiates estão tristes porém se cose e canta
mente-se em quantidade irmãos meus fica bela a feiúra
amorosas as pústulas grande dignidade a infâmia
no pássaro no cantor no distraído cresceram répteis
com assombro contempla sua grande barbaridade
hurrah por fim ninguém é inocente
cavalheiros brindemos as virgens não virgam
os bispos não bispam os funcionários não funcionam
tudo o que apodrece em ternura dará
olho meu coração inchado de desgraças
tanto lugar como teria para as belas aventuras
juan gelman (tradução improvisada: leo gonçalves)
Emoção nunca pouca!