Conversa com Marcelo Dolabela


(Foto: Daniel Protzner)

A sorte que tive na primeira ZIP, podendo acompanhar boa parte da programação no mês de abril, não se repetiu em maio. Sei que no decorrer do mês aconteceram momentos inesquecíveis, como o bate-papo entre as admiráveis poetas Thais Guimarães, Mônica de Aquino, Mariana Botelho e Ana Elisa Ribeiro. Também teve o lançamento do livro O silêncio tange o sino, da Mariana Botelho, oficina com Álvaro Andrade Garcia e Henrique Roscoe, o 1mpar, teve exposição, intervenções e bate-papo com o Marcelo Kraiser e muito mais coisas as quais eu gostaria muito de estar presente.

Mas tive a honra de estar por lá no dia 12 de maio para uma enriquecedora conversa com Marcelo Dolabela, intermediada pelo Ricardo Aleixo. Dentre as coisas que mais falamos, a que considero mais importante é a profunda ausência dos poetas de minha geração. Não há publicações, não há esforços para se autopublicarem ou, quando há, não há grana. Pouco se pode dizer da maioria dos que escrevem e têm até, digamos, 40 anos. Também desapareceram os fanzines, as pequenas revistas, as autopublicações coletivas. Tudo ficou confinado a blogs, facebooks e outras facilidades que estão aí mais em prol das aparentes pessoalidades virtuais do que da veiculação de poesia.

Está lançado o desafio.

2 pensou em “Conversa com Marcelo Dolabela

  1. tenho visto/ouvido muita gente instigada com a questão. este revés conservador, individualista e improdutivo da rede. resta transformar esta sacada em coisas tangíveis, objetos, encontros, textos. acho que é o que nos cabe. abrax!

  2. pois é, reuben. cada um no seu próprio laptop twitando suas próprias idiossincrasias sob a máscara de participantes da grade marcha opinativa (e muitas vezes) linchatória do mundo. ou apenas indivíduos individuados por detrás de fakes shakespeares, wildes ou mesmo paulocoelhos transitórios. bora fazer coisa melhor! abração!

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