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Sobre Leo Gonçalves

Leo Gonçalves é poeta, tradutor, curioso de teatro, música, cinema, política, culinária, antropologia, antropofagia, etnopoesia e etnologia, vida, educação, artes plásticas etc.

Ricardo Aleixo no Cine Sesi Pajuçara

Nem uma única linha só minha - performance intermídia de Ricardo Aleixo

E para quem estiver em Maceió no próximo sábado, dia 19, vá ao Cine Sesi de Pajuçara que tem poesia da melhor pra se ouvir. É a performance Nem uma única linha só minha do Ricardo Aleixo. Essa não dá pra perder. Eu mesmo, que tenho o privilégio de viver na mesma cidade que o Ric, gostaria de estar lá para ver.

Gary Snyder e a oralidade

Gary Snyder em primeiro plano, ao fundo: Allen Ginsberg.

(…) pouquíssimos leitores e escritores se importam com as tradições orais. Para mim e para alguns colegas meus é um grande interesse, e acho que há muito a se aprender com elas, principalmente a importância da performance. Toda literatura oral é, por definição, apresentada. Há muito a se aprender com elas, há todo um ensinamento que vai com isso, para explicar como as tradições orais – antes da descoberta ou invenção da escrita, ou em culturas que não tinham escrita – ainda assim podem ser tão ricas, como podem ter tantas canções e histórias nas tradições orais. Milhares e milhares de histórias e canções podem existir dentro de uma tradição oral.

Gary Snyder em entrevista concedida a Rodrigo Garcia Lopes e publicada recentemente no Estadão. Leia a entrevista na íntegra no blogue do Rodrigo: www.estudiorealidade.blogspot.com

Autofagia + Ruah! + Pigmentos Sonoros +

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Pigmentos Sonoros – Uma homenagem a John Cage

Benjamin Abras e Leo Gonçalves lançam o Coletivo Ruah! na performance Pigmentos Sonoros no próximo dia 10 de setembro, a partir das 20h no lançamento da Revista de Autofagia 2 e 3, no Auditório da Escola Guignard.

Apresentação poético-musical baseada em pesquisas ritualísticas, explorando ritmos e sons vocálicos. Para a performance, o coletivo ruah! aproveita estruturas sonoras primitivas onde a desconstrução leva à re-significação das palavras (ou não-palavras).

A proposição “Pigmentos sonoros” surgiu do intuito de homenagear o compositor-poeta John Cage, que no último dia 05 de setembro completaria 97 anos e da intensa interlocução interartística estabelecida em 2009 entre os dois poetas que compõem o coletivo ruah!

Salpicar os sons, desmantelando palavras do sentido roto, ampliando sua corpografia através do canto onde, tom sobre tom, imprimem no corpo o matiz de uma vontade pela vibração das palavras. A palavra retomando corpo, retomando som como paramento de um instante, onde o jogo “vocográfico” desenha possibilidades poéticas entre os falantes, os ouvintes e os dançantes. Sugerindo uma pequena parafernalização dos sentidos [salve Julius], a fim de despertar a ação da palavra enquanto produtora de corporalidades sutis. A performance Pigmentos Sonoros é um experimento do coletivo RUAH!, feita com registros de som e silêncio dentro da poesia sonora, ritualizando a desconstrução da realidade cartesiana e produzindo uma experiência da voz enquanto escrita corporal.

O coletivo ruah! é formado por Leo Gonçalves e Benjamin Abras. Tem como objetivo a investigação, a experimentação e a execução de trabalhos pluriartísticos em plena interação com as tradições mestiças que habitam o planeta.

Lançamento da Revista de Autofagia

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No dia 10 de setembro serão lançados os números 2 e 3 da Revista de Autofagia. O esperadíssimo evento (eu pelo menos, que colaborei no número 3 com traduções de Allen Ginsberg, esperava ansiosamente) acontecerá no auditório da Escola Guignard a partir das 20h. Na programação: debates, leitura de poesia e performances, exibição de vídeos e artes plásticas.

Eu estarei lá, com (entre outras coisas) o lançamento mundial da performance Pigmentos Sonoros, o primeiro resultado da investigação poético-antropológico-musical que venho realizando em parceria com Benjamin Abras.

Aguardem mais novidades pela semana afora.

Revista Zunái XVIII

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É com muita alegria que vejo sair mais um número da Revista Zunái. Ver que o Claudio Daniel continua firme e forte. Continua com o mesmo rigor, a mesma diversidade, o mesmo capricho no projeto gráfico (design da Ana Peluso). O Rodrigo estará orgulhoso, se tiver acesso à internet lá no seu novo lugar.

Neste novo número, um recheio rico e variado: Adriana Versiani homenageia Alejandra Pizarnik na série “Sonata, aplauso, suspiro”. Meu camarada Marcelo Sahea também está lá, com uma pequena mostra de poesia visual. E mais: Micheliny Verunschk, Arnaldo Antunes, Chus Pato, João Rasteiro, E. M. de Melo e Castro. Traduções da poesia de Phillipe Soupault, Federico García Lorca, Wallace Stevens, Marianne Moore. E muito, muito mais! Parabéns!

www.revistazunai.com

Nova Lei Rouanet

Notícia boa: a nova Lei Rouanet agora terá fundos para artes cênicas e literatura.

Desde o início do ano, a reforma da Lei Federal de Incentivo à Cultura tem sido discutida por todos os setores da produção cultural no Brasil. Agora, ao que parece, chegará ao congresso um projeto bastante incrementado. Isso é ótimo, porque parece que pela primeira vez, os setores foram consultados. Velhas reivindicações foram atendidas. Dentre as muitas mudanças, registro a criação do Fundo da Literatura e das Humanidades (uma excelente novidade, já que antes as políticas de estímulo à literatura estavam acopladas ao mercado editorial). Ponto para o Movimento Literatura Urgente.

Um texto bem informativo sobre o assunto foi escrito por Jotabê Medeiros no Estado de S. Paulo de ontem, 19/08/2009, e pode ser lido no site do MinC. Olha o link:

Nova Lei Rouanet terá fundos para as Artes cênicas e Literatura