no último dia 24 de março, 10 mil argentinos foram às ruas em protesto pelos 30 anos do golpe militar no país. a ditadura sangrenta (mas não menos que as outras ditaduras latinoamericanas financiadas pelos estados unidos) deixou milhares de mortos, desvalidos e desaparecidos. juan gelman, uma das vítimas mais célebres, teve filhos e neta desaparecida, além da filha torturada e da mãe atormentada.
o exemplo dos argentinos na rua no último dia 24 me deixou pensativo. agora, no próximo dia primeiro de abril completam 42 anos do golpe militar no brasil, e a ditadura que daí decorreu durou ainda mais tempo do que a ditadura argentina. os números que nos chegam e a nossa apatia faz com que tenhamos a impressão de que a ditadura argentina foi muito pior, mas ainda hoje colhemos frutos abundantes-envenenados desse período de pobreza espiritual. cito, apenas a título de exemplo, a ditadura da burrice e a insistência na falta de educação (em todos os campos possíveis).
à vontade, leo…
mas o blog tá aparecendo todo errado no firefox agora. é no explorer mesmo que tá dando certo. marcelo esteve me dando umas ajudas… vamos ver, vamos ver…
e você tá bom?
beijo.
Ola,
A meu critério, não existiu ditadura pior, existiu ditadura. Repressão de liberdade seja esta de qualquer forma.
Tanto aqui como em outros paises de sul América, houve esse período de “pobreza espiritual” para o qual muita gente sofre ainda hoje, na Argentina, por exemplo, as pessoas sentem que devem brigar pelo que perderam, mesmo sabendo que não ira voltar ou que não haverá justiça de maneira alguma.
Tenho 23 anos, sou Argentina e moro no Brasil há cinco anos.
Adoro minha pátria, assim como também o pais que me abriu as portas para morar, trabalhar e estudar.
Não quero que pense que a minha opinião é correta, como disse é uma opinião.
Oi Tâmara,
Sua opinião é muito bem vinda.
Você deve ter razão. Acho que a palavra “pior” poderia ser substituída por “sanguinária”.
Mas mesmo isso pode ser visto de outras formas, já que se tem notícia de sangue em todos rincões da América Latina.
Abraço.