– Fazer o quê, velho, a gente é assim!
Me dizia meu camarada Reuben da Cunha Rocha, enquanto eu folheava embasbacado para o escárnio e o (de)lirismo que transborda do novo número da suculenta Revista Pitomba, que ele me trouxe do Maranhão sob meus protestos de ansiedade incontrolável. E então, eis que abro o editorial:
– Ah! Hein? Ah! Hein?
– ah!
Os editoriais dessa revista são o máximo. O assinam, além do Reuben, o Celso Borges e o Bruno Azevêdo. Na revista, tem fotonovelas, sarcasmos, maledicências, benedicências também, poemas e traduções de poesia deles e de outros colaboradores como o Fabiano Falcon, Luiza de Carli, Nonato Masson, Paulo Vieira, Rafael Campos Rocha e, neste número, eu que, em parceria com o Reuben, traduzi o “Manifesto populista” de Lawrence Ferlinghetti: “Poetas, saiam dos seus armários/abram suas janelas, abram suas portas/Vocês já hibernaram tempo demais em seus mundinhos fechados” etc.
O número está brilhante. Mas também, pah!, os caras são do Maranhão. Ou você não sabia que foi lá que a poesia brasileira foi inventada?
Fico realmente bem feliz que as pessoas saibam que além de Sarney existe mais.
Abç,
Claro, Emanuelle! Muito mais. O Sarney é só uma contingência que passará e será esquecida. Como o ACM na Bahia e a família Neves em Minas.