Tenho que admitir: sou fã dessa loura. Sagitariana como eu, a oxigenada escandalizou a Itália católica com uma meia dúzia de atentados po(rno)é(ro)ticos. Foi presa várias vezes e foi processada inúmeras outras por atentado ao pudor.
Por exemplo: nos anos 70, ela apresentava um programa de rádio onde dava conselhos sexuais de deixar qualquer penélope de cabelo em pé. Certa noite, recebeu a ligação de uma adolescente que queria aprender a se masturbar. Deu todas as instruções e a garota teve um orgasmo em cadeia nacional. Audiência nas alturas. No dia seguinte, processo por perversão de menores.
Cicciolina fundou o Partito dell’Amore e foi eleita dePUTAda (de um outro tipo, diferente do estilo brasileiro) depois de mostrar a boceta pra todo mundo. Ela explicava que somente através do amor, digo: o amor!, as pessoas vão se tornar mais dignas e a violência diminuirá. “Não é verdade que o sexo desperta a violência nas pessoas”, ela insiste. Há inclusive, alguns filmes dela que versam sobre o tema.
Além de atuar, ela também dirigiu alguns filmes. Il telephone rosso e La diva futura são dois clássicos. Este último, de vanguarda, com elementos tecnoDADA, ready-made, edição piradex com janelas já bem antes daquele filme inovador do Peter Greenaway, The pillow book. Quem quiser saber mais, vá ler Confessions, a autobiografia dela publicada no Brasil no começo dos anos 90 pela editora Record.