Arquivo mensais:setembro 2007

poesia falada

quarta-feira, lançamento do livro “belvedere” do chacal. rodeadíssimo e repleto de pedidos de autógrafo. até aí, normal. depois, ele se levanta e diz: “vou falar poesia. que é a coisa que eu mais gosto de fazer.” ele fala uma série de dez poemas, arremata com uma linda homenagem ao ginsberg. entre os poemas falados, muitas alusões à idéia de que palavra apenas escrita no papel não voa. “posso até escrever uns versinhos, mas enquanto não decoro, não sei quem é o autor”.
e na carreira, vem o “nuvem cigana” da azougue. fiquem atentos.
saravá chacal, passagem rápida mas marcante.

um artigo de juan gelman

assim começa o mais recente artigo (“avaliações”) da bitácora de juan gelman. trata-se de uma questão que tem estado na ponta da minha língua e que me leva a pensar nos meus preparativos para o 11 de setembro que vem (para ler o artigo na íntegra, clique aqui):

Mais de cem especialistas norte-americanos em política internacional consideram que, desde a ocupação do Iraque, o mundo se tornou mais perigoso, a estratégia de segurança nacional descarrilou e a própria guerra carece de bússola. Assim o manifesta a maioria dos analistas mais respeitados do país no terceiro “Índice do terrorismo”, o informe semestral de uma consulta que o Centro para o Progresso Estadunidense e a revista Foreign Policy (www.americanprogress.org, 20-8-2007) realizam. A opinião – tanto de democratas como de republicanos – é de chefes militares, ex-secretários de Estados, assistentes de hierarquia da Casa Branca, conselheiros presidenciais de segurança nacional, acadêmicos prestigiosos e agentes do alto escalão dos serviços de inteligência. 80% ocuparam cargos no governo dos EUA – mais da metade no Poder Executivo – 32% nas forças armadas e 21% na chamada comunidade de inteligência. Seus julgamentos em nada coincidem com o otimismo de W. Bush.