entre outros massacres
com todas as forças o sol e a lua se entrechocam
as estrelas caem como testemunhas maduríssimas
e como um carregamento de ratos acinzentados
não tema nada apronta as tuas grossas águas
que tão bem carregam a berma dos espelhos
puseram barro nos meus olhos
e veja eu vejo terrivelmente eu vejo
de todas as montanhas de todas as ilhas
não resta mais nada a não ser alguns tocos ruins
da impenitente saliva do mar
entre autres massacres
de toutes leurs forces le soleil et la lune s’entrechoquent/les étoiles tombent comme des témoins trop mûrs/et comme une portée de souris grises//ne crains rien apprête tes grosses eaux/qui si bien emportent la berge des miroirs//ils ont mis de la boue sur mes yeux/et vois je vois terriblement je vois/de toutes les montagnes de toutes les îles/il ne reste plus rien que les quelques mauvais chicots/de l’impenitente salive de la mer
este poema foi publicado por aimé césaire no livro “soleil cou coupé”, 1948
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