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POEMACUMBA inaugurada

Apresentei, no dia 07 de novembro, como parte do Simpoesia III – na Casa das Rosas – a performance POEMACUMBA. Nesta proposição, vocalizo meus poemas que melhor resvalam no lado banto da língua. Orinquices, feitiços, ofós, curas, fetiches. Evocações de sons e vozes ancestrais para encher o ambiente de ngunzu, hal, axé.

Esta performance (anime) é o segundo trabalho onde coloco em prática os princípios do verbo atuante, que vêm sendo desenvolvidos por mim e pelo poetadançarino  Benjamin Abras.

Work in progress, pretendo parafernalizá-la para apresentar outras vezes e decepcionar outras plateias.

(foto: Erin Moure)

Modelos vivos – Ricardo Aleixo

O esperadíssimo Modelos vivos, novo e recheado livro de poemas de Ricardo Aleixo, já se encontra disponível.  Chegou até aqui com um time de especialíssimo de amigos: o próprio Ricardo pilota a lírica, claro. No projeto gráfico, o camarada Bruno Brum. E o editor, Oséias Silas Ferraz, da editora Crisálida. Uma beleza.

O lançamento em Belo Horizonte será em duas etapas:

1) Dia 11 de setembro a partir das 11 horas no Café com Letras (Rua Antônio de Albuquerque, 781 – Savassi)

2) Dia 14 de setembro, às 19h30, também no Café com Letras. Ricardo Aleixo apresenta sua leitura-concerto Música para modelos vivos movidos a moedas e abre uma pequena exposição de poemas visuais de sua autoria.

Se eu estiver em BH, quem quiser me ver nos referidos horários, apareça lá. E tomara que role logo um lançamento em São Paulo. Quando houver, aviso.

Saiba mais no www.jaguadarte.blogspot.com

Retour au pays de Patrick Acogny

Este ano o FAN – Festival de Arte Negra aconteceu em situação mais ou menos periférica. Digo mais ou menos porque a programação estava bonita, com convidados ilustres e competentes. As instalações bem feitas e bem organizadas, com dois grandes palcos e um Ojá (mercado em yorubá). Periférica porque foi empurrado para a orla da Lagoa da Pampulha. Embora bonito, um lugar fora de mão, com poucos ônibus. Difícil para quem não estivesse de carro e quisesse acompanhar a festa até mais tarde. Todo o mérito para os organizadores, o Rui Moreira e o Adyr Assumpção que, pelo jeito, levaram na cara e na coragem. Uma pena o novo prefeito não haver percebido que o FAN é a menina dos olhos dos festivais belorizontinos.

No vídeo acima, feito pela rádio Ojá, alguns momentos do espetáculo “Retorno ao país natal”, apresentado pelo Coletivo FAN da Dança (criado especialmente para o evento) e dirigido pelo coreógrafo senegalês Patrick Acogny. Quem acompanha é o grupo Uakti em colaboração com o griot Oumar Fandi Diop. Leo Gonçalves acabou colaborando um pouco também, enviando as traduções dos poemas de Léopold Sédar Senghor, Aimé Césaire e Léon Gontram Damas que são recitados pelas dançarinas durante o espetáculo.

Cantoras daqui – Michelle Andreazzi e Luiza Lara

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No projeto “Cantoras Daqui” BDMG. Michelle Andreazzi canta de Luiza Lara. O show é uma homenagem a Baden Powel, as cantoras estarão acompanhadas por vencedores do Jovem Instrumentista BDMG. Arranjos e direção musical de Cléber Alves e Túlio Mourão.

Teatro da Biblioteca (Praça da Liberdade, 21)
Próximo domingo dia 11 de outubro
às 16 horas. Ingresso: R$ 2,00.

Ricardo Aleixo no Cine Sesi Pajuçara

Nem uma única linha só minha - performance intermídia de Ricardo Aleixo

E para quem estiver em Maceió no próximo sábado, dia 19, vá ao Cine Sesi de Pajuçara que tem poesia da melhor pra se ouvir. É a performance Nem uma única linha só minha do Ricardo Aleixo. Essa não dá pra perder. Eu mesmo, que tenho o privilégio de viver na mesma cidade que o Ric, gostaria de estar lá para ver.

Gary Snyder e a oralidade

Gary Snyder em primeiro plano, ao fundo: Allen Ginsberg.

(…) pouquíssimos leitores e escritores se importam com as tradições orais. Para mim e para alguns colegas meus é um grande interesse, e acho que há muito a se aprender com elas, principalmente a importância da performance. Toda literatura oral é, por definição, apresentada. Há muito a se aprender com elas, há todo um ensinamento que vai com isso, para explicar como as tradições orais – antes da descoberta ou invenção da escrita, ou em culturas que não tinham escrita – ainda assim podem ser tão ricas, como podem ter tantas canções e histórias nas tradições orais. Milhares e milhares de histórias e canções podem existir dentro de uma tradição oral.

Gary Snyder em entrevista concedida a Rodrigo Garcia Lopes e publicada recentemente no Estadão. Leia a entrevista na íntegra no blogue do Rodrigo: www.estudiorealidade.blogspot.com