Arquivo da tag: poesia contemporânea

egoísta: beatriz azevedo & josé celso

egoísta

(beatriz azevedo)

você disse que eu sou egoísta
egoísta é quem só pensa em si
como é que eu posso ser egoísta
se eu só penso em você

você é muito vaidosa
não quer dar o braço a torcer
você é muito exigente
já fez tanta gente sofrer

você não sabe como me machuca
quando diz essas coisas cruéis
coloquei meu coração a seus pés
conheci o perfume da dor

você tem tudo o que quer
e não quer tudo que tem
todos querem ficar com você
mas você não é de ninguém

o salamalandro na biblioteca girapemba

laroiês e evohés! essa semana tive a honra de colaborar para a “biblioteca girapemba”, do blogue “folhas de girapemba” de ana maria ramiro. a proposta dela é bem interessante: em cada apresentação, um poeta fala de sua formação, suas referências e preferências. ao final, uma seleção de 5 poemas preferidos do autor em questão e um do próprio entrevistado. vale a pena conferir. para a proposta já colaboraram: marcelo sahea, claudio daniel, linaldo guedes e thiago ponce de moraes. caprichosa nas cores e escolhas, filha de iya mi, ana está montando uma biblioteca bacana. para esta seleção, ela escelheu o meu “canto para matamba”, que vocês poderão ler lá mesmo, na íntegra. valeu, ana. ótimo jeito de começar a semana.

não macule a minha faca


“quem com letícia féres, confere e será querido”.
imperdível. nas terças poéticas: jardins internos do palácio das artes. hilda hilst homenageando letícia féres. letícia féres homenageando hilda hilst. poesia em alta voltagem. samplermusic & videocolagem. julius. frederico pessoa. poesia hoje. queria conseguir dizer mais. mas precisa? vá lá e comente depois aqui comigo, vai.

tonico mercador homenageia allen ginsberg

o poeta tonico mercador tem um gosto um pouco parecido com o meu. lembro-me que há alguns anos atrás, eu me interessei pela poesia de julio cortázar e comecei a traduzi-lo. alguns meses depois de começar a empreitada, encontro na revista palavra, a sua tradução de alguns poemas do cronópio sobre o maio de 1968. coincidências.
recentemente, tenho estado muito afim de fazer uma homenagem a allen ginsberg. especialmente porque este ano completaram dez anos da morte dele. um cara genial que não pode ser esquecido. e eis que o tonico mercador se prepara para homenageá-lo na apresentação na próxima terça-poética. provavelmente vai apresentar o trabalho que vem fazendo há algum tempo: declamação do poema “uivo” junto a poemas de sua autoria.

terça-feira, dia 14 de agosto de 2007
às 18h30, como de costume.
nos jardins internos do palácio das artes.

evohé! saravá! boa sorte tonico. uma pena que não poderei estar lá. infelizmente estarei dando uma aula no mesmo horário. mas fico torcendo para a dose se repetir em breve.

belvedere bonito de ver

de vez em quando, aparecem estrelas no meio da rua. demorou para verem que o chacal está na área. há 35 anos atrás, o torquato neto avisava na sua geléia geral que tinha um cara na área. hoje, passada muita zoação, muita festa, muito baco, muito cep20000 e tontas coisas… já era hora.

o belvedere do chacal tá lindão. da coleção ás de colete, da parceria 7letras/cosacnaify. uma capa verdona e um adendo chamado quamperios pra dar o clima da época do mimeógrafo.

chacal explica:

belvedere é um lugar que você vai para ver a vista. tinha um no final da serra das araras, na rio-são paulo, onde eu parava sempre que ia para Mendes com a minha família nas férias. naquele tempo, as viagens de carro eram custosas. depois de algumas horas rodando, chegávamos ao belvedere. era a festa. comer, beber, correr. assim é que eu me sinto aqui neste livro. depois de 36 anos de exercício poético e 13 livros publicados, dou essa parada estratégica para ver a vista. espero que você, leitor, possa se alimentar e se divertir, possa ler, ver e ouvir.

saravá! evoé!

acho que cai bem pra ocasião, o penúltimo poema do primeiro livro dele: o muito prazer.

sorte

hoje deu meu número na roleta da vida

poesia & cidade: formas de reconfiguração do espaço urbano

e na última edição da zip: zona de invenção poesia &, um assunto que dá o que falar. teremos a ilustríssima presença dos nossos camaradas renato negrão, mara de aquino, rita medeiros e waldemar euzébio. artistas que pensam a cidade, o espaço urbano de maneiras muito diferentes entre si. o jaguadarte anuncia que tão cedo não rola outra. quem quiser ver mais sangue na discussão, clique aqui.