lá pelos idos de 1998, este poema do marcelo terça-nada! freqüentava as paredes da minha casa. como ando fazendo escavações arqueológicas entre os meus papéis e batendo a poeira da memória, resolvi homenagear hoje o meu amigo com um poema dele mesmo.
saravá marcelo!
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rosas vermelhas ou poema com os pés doendo
desce na rua da igreja
vira à esquerda na rua direita
sobe a terceira acolá
e passa cá
tavendo ali
atrás
do lado da república
não, não,
anda mais um pouco
naquela ladeira?
logo depois
do segundo casarão
um segundo
pára
(pra respirar)
sobe desce sobe
vira pula cai
é? não é
quebra na próxima
pega a travessa
passa as casas tortas
vira volta
mais nenhum quarteirão!
teima
sobe essa
aqui ali
uma bica ah!
sede morta
tenta aquela
quase fim
outra informação:
não temos rosas vermelhas nesta época do ano
(ouro preto, 31 de quase 1997)
“É” Ouro Preto.
Muito legal esse poema.