Escrevo ainda sob os efeitos entusiasmantes do show de lançamento do cd Álbum desconhecido, que rolou na última quinta-feira, dia 10 de maio, no Teatro Oficina.
Não estou falando de uma nova Elis Regina, não é uma Clara Nunes do século XXI, tampouco uma Cássia Eller repaginada. Não é nada disso. Falo de Juliana Perdigão, cantora única que segue um caminho próprio em meio à nova cena musical brasileira. Com repertório diversificado, sua voz de timbre incomum, acompanhada de seu clarinete, ela se arranja em canções que vão das doçuras da diva à mais alegre marchinha carnavalesca.
Juliana não é nova na cena musical de Belo Horizonte. Eclética, é ela a clarinetista que tocava no grupo de chorinho Corta Jaca, do novo rock do Graveola e o lixo polifônico, cantora em diversas canções de Flávio Henrique e a voz da marchinha de maior sucesso no último carnaval: “Na coxinha da madrasta”. Faz parte da nova geração de compositores e músicos mineiros, ao lado de Kristoff Silva, Makely Ka, o já saudoso Mestre Jonas e muitos outros.
Bem humorado já desde o título, seu disco Álbum desconhecido não tem remakes de canções famosas. E Juliana prova que não precisa dar esse tipo de cancha para o público. Rodeou-se de uma seleção de artistas admiráveis mineiros e paulistanos. A começar pela banda: Maurício Ribeiro (teclados, violões, escaleta e arranjos), Thiakov (baixo), Matheus Bahiense (bateria e percussão) e Pablo Castro (guitarra). Não para por aí. No disco participam também músicos como André Abujamra, Carlos Careqa, Benjamin Taubkin, Rômulo Froes, Alaécio Martins, Bruno Santos, Daniela Ramos, Du Macedo, Luiz Gabriel Lopes, Gabriel Guedes e muitos outros, para que você se confunda entre os já famosos e os que ainda serão.
O Álbum desconhecido é desses discos que você precisa ouvir todos os dias. Para se manter vivo, para se manter alegre, a saúde em alta. Para que a vida valha a pena. Eu mesmo já estou viciado.
Para saber mais e baixar o disco, é aqui:
www.julianaperdigao.com.br