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Cep Vinte Mil: em caso de incêndio

Dia 27/9, quinta-feira: Cep Vinte Mil

No dia de Cosme & Damião, faço minha participação neste evento que existe há 22 anos sob o comando geral do Chacal. Será no Espaço Cultural Sérgio Porto (Rua Humaitá, 163) a partir das 20h30. Apresentarei a performance “Em caso de incêndio: queime lentamente” e dividirei a cena com o Renato Negrão.

Além de nós, participam também: Farani Cinco Três, Movimento Cidades (in)visíveis, Matilde Campilho, João Velho, Ana Chagas, Pedro Lage, Cláudio Baltar, Tavinho Paes, Diego Lemos – voz e violão, Ana Beatriz Ferreira Batista, Ismar Tirelli Neto, Gringo Carioca, Paulo Scott e José Henrique Calazans.

Logo mais, você encontrará notícias e informações no www.cepvintemil.wordpress.com

Palavras de acordar o corpo

Dia 25/9, terça-feira, a partir das 19h:

Diálogos com os autores: José Geraldo Neres – Leo Gonçalves e Lançamento dos livros “Olhos de Barro” e “Use o assento para flutuar” (Editora Patuá).

Nesse esperadíssimo encontro, eu e meu amigo Neres falaremos um pouco sobre nossos trabalhos num debate que terá a poeta Elaine Pauvolid como mediadora, e a participação de Luíz Horácio Rodrigues (escritor e critico literário) e Tanussi Cardoso (poeta e crítico literário).

Local: Centro Cultural Justiça Federal
Sala de Leitura, 2º andar.
Av. Rio Branco, 241 – Centro, Rio de Janeiro / RJ
25 de setembro de 2012, (horário: 19h às 21h)

Para mais informações,

Voo Paraty

Com algumas mudanças de planos, aqui vou eu para o lançamento em Paraty, que será amanhã a partir das 18h na Casa de Cultura, onde conversarei com o Ronaldo do Campinho e o Ovídio Poli Junior, falarei alguns dos poemas do livro. A noite terminará no bar Camoka Botequim Arte Café, próximo ao cais, um dos lugares mais bonitos em que já estive. Para abrir o evento, serei agraciado com uma roda de jongo.

Pàra quem estiver por lá, veja aí a programação completa:

18 horas: Roda de Jongo da Comunidade Quilombola do Campinho.

18:30 horas: Um bate-papo sobre cultura afro-brasileira com o autor e personalidades da cidade, tais como o líder da Comunidade Quilombola, Ronaldo do Campinho, o escritor Ovídio Poli, entre outros.

20:00 horas: Performance de Poemas com Leo Gonçaves

20:30: Coquetel de lançamento do livro “Use o assento para flutuar” no Camoka Botequim.

*
O evento é uma produção e organização de Luiza Faria, nossa querida produtora da Off Flip.

Em BH

O lançamento belorizontino de Use o assento para flutuar será amanhã, sábado, dia 15 de setembro, das 14h às 17h, na Casa Una (Rua Aimorés, 1451 – Lourdes). Será um dia de programação intensa. Convidei alguns poetamigos que ler, performar, vocalizar poemas meus e deles. A programação começa às 15h e terá:

VO(O – Coro de Vozes Comuns
Marcelo Sahea
Mariana Botelho
Benjamin Abras
Thais Guimarães
Renato Negrão
Michel Mingote
Bruno Brum

E eu mesmo.

Vejo vocês lá!

Introdução à poesia da negritude

 

pois não é verdade que a obra do homem está acabada
que não temos nada a fazer no mundo (…)
a obra do homem acaba de começar (…)
e nenhuma raça possui o monopólio da beleza,
da inteligência, da força

Aimé Césaire
Cahier d’un retour au pays natal

O curso tem como eixo central o movimento da Negritude, criado nos anos 1930 pelo poeta senegalês Léopold Sédar Senghor, o martinicano Aimé Césaire e o guianense Léon Gontram Damas, com fortes influências do surrealismo. Inicialmente circulando em torno ao jornal L’étudiant noir, seus principais idealizadores se propunham não apenas defender, mas também estudar e aprofundar os conhecimentos e as políticas em torno ao “conjunto de valores de civilização do povo negro”. Deste movimento, que teve profunda influência ao longo do século XX, não apenas no chamado “mundo negro”, surgem importantes expressões e desdobramentos, tais como as obras de Wole Soyinka, Édouard Glissant e o movimento da Créolité (Jean Bernabé, Raphaël Confiant e Patrick Chamoiseau).

Durante os dois encontros, faremos um panorama das principais teorias, questionamentos, discussões e ações deste movimento e seus desdobramentos que tiveram, curiosamente, pouca influência no Brasil (pelo menos até o presente), mas que têm sido essencial em discussões sobre globalização, colonialismo, poscolonialismo e estudos culturais em todo o mundo.

Ministrante: Leo Gonçalves

Período de realização e horário : dias 12 e 13 de setembro (quarta e quinta), das 19h às 22h.

Local: Casa Una

Vagas: 20

Próximas paradas

Foto: Ana Airam

Emocionante o lançamento do livro, na última terça-feira, com a presenças de amigos para lá de especiais e algumas pessoas vindas de longe, como a minha queridíssima amiga Jéssica Gonçalves, que mora em Houston e, numa rápida circulada no Brasil, enfrentou 9h de ônibus para vir ter comigo e levar o seu exemplar de Use o assento para flutuar. Outro foi o Tázio Zambi, que veio de Aracaju e que já está se tornando parceiro. Mais o Marcelo Ariel, que assina o posfácio do livro, que chegou de Cubatão, o Néres que veio de Santo André. Isso sem falar nos próprios habitantes da Pauliceia que se deslocaram das casas habituais voltadas para a poesia e toparam ir até a Funarte, que fica numa região considerada inóspita (paulistanos: usem a cidade, ela é de vocês!) por muita gente da cidade. Todas essas benevolentes presenças me fazem sentir muita gratidão e os quilates de amizade conquistada em tão pouco tempo que tenho como morador de São Paulo.

Agora, lançado o livro, estreada a performance-espetáculo, saio para uma mini-turnê por algumas cidades. Segue a agenda:

No Londrix – Festival Literário de Londrina:
Sexta-feira, dia 24/8 às 17h30 no SESI Lançamento do Use o Assento para flutuar na companhia de Edison Maschio, Marcelo Montenegro, Marcelino Freire, Felipe Pauluk e Beatriz Bajo (que também estarão lançando os deles).

Sábado, dia 25/08 às 18h no SESI: mediação do bate-papo com os “poETs” (banda formada por Alexandre Brito, Ricardo Silvestrin e Ronald Augusto).

Em seguida, às 19h30, participo da mesa “Literatura, performance e outros meios”, com Maicknuclear, Carol Sanches e mediação da fotógrafa Fernanda Magalhães.

E por fim, no domingo, 26/08, participamos (eu e Franciane de Paula) da festa de encerramento do LONDRIX 2012, com a performance POEMACUMBA. A festa começa ao meio-dia na Vila Cemitério de Automóveis.

Em Belo Horizonte na mostra REDE – Terreiro Contemporâneo de Dança:
Domingo, dia 02/09 no terreiro Ilê Opô Olojukan
POEMACUMBA

Ainda em Belo Horizonte:
Sábado, dia 15/09 na Casa Una (Rua Aimorés, 1451)
Coquetel de lançamento de Use o assento para flutuar

Em Paraty:
Quinta-feira, dia 20/09, na Casa de Cultura:
17h – Roda de Jongo
18h – Bate-papo com artistas locais
19h – POEMACUMBA
19h30 – Cortejo de Maracatu rumo ao bar Camoka Cultural (na região do cais)
20h – Lançamento de Use o assento para flutuar no Camoka.

No Rio de Janeiro:
Terça-feira, 25/09 das 19hs às 21hs no CCJF (Av. Rio Branco, 241 – Centro)
PALAVRAS DE ACORDAR O CORPO
Diálogos com os autores: José Geraldo Neres – Leo Gonçalves
Mediação: Elaine Pauvolid (poeta)
Participação de: Ricardo Riso (crítico literário) Rosane Cardoso (poeta) e Tanussi Cardoso (poeta e crítico literário).

Quinta-feira, dia 27 de setembro
Cep Vinte Mil
No espaço Cultural Sérgio Porto

Poema de mil faces

Esta antologia de poemas se originou de uma conversa entre amigos no, como diria o Rosa, “famigeraldo” Facebook.
A ideia que moveu os poetas aqui presentes foi a de produzir um livro que pudesse ser distribuído gratuitamente para o maior número possível de pessoas (daí o formato PDF) e que pudesse também, de alguma forma, estimular a leitura de poesia.
Então, chega de conversa e vamos à leitura dos poemas que é o que realmente interessa num livro de poesia.
Esperamos que todos curtam os textos e que compartilhem o livro com seus amigos, familiares, parentes, vizinhos etc.

Esta antologia foi idealizada pelo Paulo de Toledo e (lembrando conversas minhas com ele) combina muito com a inquietação dele sobre a inserção da poesia na vida das pessoas reais. A ideia de um livro de poesia viva que possa ser compartilhado pelo máximo possível de pessoas.

Eu, que curti muito a iniciativa, colaboro com um poema do Use. E vi que tem poemas de muita gente que admiro muito e de outros que tomo conhecimento agora, lendo a antologia.

Quem quiser lê-la, pode baixar por vários caminhos. Incluo o Salamalandro como fornecedor também. Basta clicar no link baiixo ou na capa do livro acima.

Poema de mil faces

 

Revista Pitomba

– Fazer o quê, velho, a gente é assim!

Me dizia meu camarada Reuben da Cunha Rocha, enquanto eu folheava embasbacado para o escárnio e o (de)lirismo que transborda do novo número da suculenta Revista Pitomba, que ele me trouxe do Maranhão sob meus protestos de ansiedade incontrolável. E então, eis que abro o editorial:

– Ah! Hein? Ah! Hein?
– ah!

Os editoriais dessa revista são o máximo. O assinam, além do Reuben, o Celso Borges e o Bruno Azevêdo. Na revista, tem fotonovelas, sarcasmos, maledicências, benedicências também, poemas e traduções de poesia deles e de outros colaboradores como o Fabiano Falcon, Luiza de Carli, Nonato Masson, Paulo Vieira, Rafael Campos Rocha e, neste número, eu que, em parceria com o Reuben, traduzi o “Manifesto populista” de Lawrence Ferlinghetti: “Poetas, saiam dos seus armários/abram suas janelas, abram suas portas/Vocês já hibernaram tempo demais em seus mundinhos fechados” etc.

O número está brilhante. Mas também, pah!, os caras são do Maranhão. Ou você não sabia que foi lá que a poesia brasileira foi inventada?